terça-feira, 23 de abril de 2013

Setup #13


Set para Fusion e Brazilian Jazz

Na música jazzística instrumental, o conceito de tocar em grupo é elevado ao máximo, pois embora exista em cada música  uma estrutura fixa (o tema), a tônica é a improvisação. Sendo assim, ouvir a todos com atenção, reagindo conforme o que a música pede, é primordial. Não é o tipo de música para aplicar frases prontas, estudadas. A música se desenvolve no momento e estar focado e atento ao momento é o desafio nessas gigs.

Sobre o Kit

A escolha para esse tipo de trabalho é muito pessoal, às vezes mais influenciado pelos músicos que estarão tocando na gig do que o repertório a ser executado. Nesse dia, o show foi um dos últimos da turnê de lançamento do CD "Silvio de Campos Quarteto". Por esse motivo, num clima de comemoração, usei um kit um pouco maior do que o habitual que faço nesse tipo de trabalho. Os tambores foram: 2 tons (10" e 12") 2 surdos (14" e 16"), 2 caixas de 14", sendo que a caixa à esquerda ficou sempre com a esteira desligada, para explorar diferentes timbres. Simplifiquei nos pratos, um chimbal com timbre mais agudo, de 13" e dois rides de 20", novamente em função de mudanças de timbre, acoplei as famosas correntinhas no ride da esquerda, para um som contínuo. Para finalizar e dar um colorido percussivo, é possível ver um cowbell ao centro da bateria e um agogô à direita. Uso-os bastante nas levadas de música afrobrasileira.

Mostro, dessa forma, que cada situação musical que trabalhamos fica sempre com mais qualidade quando montamos um set sob medida para o trabalho. Considerando o estilo musical, a formação do grupo, o local do show e até mesmo a personalidade do artista, para quando estamos trabalhando como sideman.

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